terça-feira, 5 de outubro de 2010

DERMOCOSMÉTICOS



Uma das categorias que mais tem se destacado entre os itens no canal farma é a dos dermocosméticos. Aliados da pele da consumidora e, ainda, dos lucros dos farmacistas, eles tem feito, sim, a diferença para quem decide agregá-los ao portfólio de sua farmácia, desde que, haja um perfeito entendimento por parte da consumidora sobre o tipo de benefício que eles, do alto de toda a sua tecnologia, são capazes de oferecer.


Dermocosméticos – ou cosmecêuticos – são produtos com atividade nas camadas mais profundas da pele, capazes de promover modificações fisiológicas que resultam em melhora de aspectos físicos na pele, sempre embasado por estudos clínicos. Esses produtos são intermediários entre os medicamentos e os cosméticos, todavia são reconhecidos regulatoriamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária como cosméticos Grau 2, ou seja, produtos com indicações específicas, cujas características exigem comprovação de segurança e/ou eficácia, bem como informações e cuidados quanto ao modo e restrições de uso.

"O dermocosmético é o cosmético que mais se aproxima de um medicamento, são produtos usados como complementos terapêuticos dos tratamentos dermatológicos e possuem comprovações clínicas, feitas através de rigorosos protocolos desenvolvidos por dermatologistas", explica Henric Sark , diretor superintendente de Cosmética Ativa da L'Oréal Brasil, cujas marcas La Roche-Posay e Vichy terminaram o ano de 2007 como líderes do mercado de dermocosméticos no País. Uma grande conquista, de acordo com Sark, uma vez que o Brasil é o segundo negócio no mundo para a marca La Roche-Posay, ficando atrás somente da França.

Em termos de perfil, os consumidores de cosmecêuticos são pessoas que se preocupam com bem-estar, com a imagem saudável, com a aparência jovem. Esse público é formado, eminentemente, por mulheres da classe A/B, acima de 25 anos, que freqüentam os consultórios dos dermatologistas.

"O canal farma aprendeu muito bem a fazer exposição e comercialização da categoria. Se compararmos o trabalho que ele desenvolve nos pdvs atualmente com o que fazia há três anos, nota-se que houve mudanças expressivas, principalmente no layout. Saiu-se de um ambiente sóbrio, frio, para um ambiente receptivo, aconchegante, com boa iluminação. Assim, a exposição da categoria de cosmecêuticos chama aos olhos qualquer um que entra nas lojas. As farmácias que investiram na categoria conseguiram, inclusive, aumentar consideravelmente seu ticket médio", observa Ribeiro, Aché.

Geralmente, a exposição dos dermocosméticos é padronizada, nos mobiliários existentes numa área específica para este segmento no pdv. O que faz a exposição ser melhor é a criatividade que cada empresa utiliza dentro do espaço que tem disponível e, é claro, a abertura da farmácia no sentido de permitir inovações.

"Vale notar que, além de tudo isso, a presença da categoria na farmácia contribui para mudar o perfil do seu público, atraindo um consumidor mais A/B. As grandes redes fizeram o dever de casa e estão tendo sucesso. Às vezes, elas chegam a nos cobrar para fazer ainda mais nos seus pontos de vendas. Mas, no âmbito das farmácias independentes ainda tem muito o que desenvolver", acredita Sark, da L'Oréal.

Sob o aspecto do atendimento, interessante observar que, na esteira da evolução com os dermocosméticos nas farmácias, surgiu, ainda, a figura de uma nova especialista, a dermoconsultora, uma profissional que se notabiliza pelo amplo conhecimento de fisiologia da pele, de ativos e marcas de produto, que, auxilia o consumidor na hora da compra e, efetivamente, interfere positivamente no potencial de venda da loja.

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